segunda-feira, maio 21, 2007

Ponderações

Quando um cd está prestes a acabar, desenham-se na minha mente planos de vingança.
Irá a nossa heroína (zás! lá vêm os carochos todos parar à tasca) na sua incansável luta pela justiça dos pobres arrendatários pôr música clássica/ópera para vingar a série de sábado com banda sonora sui generis (que é como quem diz, ao som do martelo eléctrico)?
Não percam os próximos capítulos!

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A felicidade suprema

A cadela Yorkshire do 'Special One' já está, sã e salva, em Portugal.
É ou não é motivo de festejo???

(ainda por aí muita gente a precisar de rever as suas prioridades)

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sexta-feira, maio 18, 2007

Não sei

(a sério que não sei!)
mas acho que vou tentar...

(e porque não? acho que vou conseguir)

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quarta-feira, maio 16, 2007

Toxicidades e Conspirações

O Mundo conspira contra o povo.
À primeira vista, esta pode parecer uma frase reaccionária, mas não o é. É apenas um retrato da realidade. Esta realidade em que vivemos (ou sobrevivemos, depende do ponto de vista).
Num Mundo ideal, e utopicamente falando, seríamos todos iguais.
O tempo verbal está correcto, para mal dos nossos pecados. Senão vejamos:
- Hoje é oficialmente o dia em que começamos a trabalhar para nós. Confusos? Eu explico. Pasma, assisti a uma reportagem num qualquer canal generalista português (na certeza porém de que foi um dos quatro principais, aqueles que todos nós temos acesso) em que o jornalista afirmava que hoje e apenas hoje o nosso salário começa a entrar nos nossos pobres bolsos. Até hoje limitámo-nos a ganhar para pagar impostos e quejandos.
- Hoje passam 13 dias do desaparecimento da pequena Maddie. E uns quantos mais anos, meses e dias do desaparecimento de tantas outras crianças.
- Hoje a Julia Pinheiro debruçou-se sobre três casos de desaparecimento que até hoje não foram resolvidos. Crianças que hoje são (ou não) adultos.
- Hoje, e olhando à volta, constatamos que o sol quando nasce NÃO é para todos. Que apesar de pagarmos impostos, lutarmos diariamente por uma vida mais digna, há sempre um palhaço(a) que diz a uma mãe que 'a roupa? a roupa roubaram!', ao que outro(a) solícito(a) responde logo 'a roupa roeu o rato!'. Por favor! Falamos de uma mãe desesperada, de uma mãe que não sabe do filho. De uma mãe a quem disseram que o filho morreu à fome na casa onde viviam anteriormente, de uma mãe a quem não foram apresentadas provas concretas da alegada morte do filho. E a sensibilidade? Nada? Zero?
- Hoje muitas crianças desapareceram no mundo. Mas fala-se de uma. Felizmente os pais têm dinheiro, felizmente os pais são pessoas dotadas de instrução, felizmente os pais conseguiram sensibilizar meio mundo, felizmente os pais são britânicos.
- Hoje, e à medida em que os dias passam, há uma revolta que vai crescendo, de mansinho. Não porque procuram a Maddie e se preocupam com ela, mas porque não procuram tantas outras crianças que desaparecem todos os dias. Ou melhor... procuram, mas não com tanta dedicação, não com tanta paixão.
- Hoje está um dia lindo, mas chove nos corações de tantas mães, tantas que dói só de pensar. Mas se há dois pesos e duas medidas. Se estas crianças não representam o desenvolvimento económico do Algarve e de Portugal em geral. Se não dedicam o mesmo fervor às buscas destes filhos de Portugal. Ao menos por favor (POR FAVOR!) não diminuam a dor destas famílias, não gozem com este povo que é, no fundo, o alicerce de todos nós...
(to be continued... or maybe not!)

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Molduras

Penais.
Em termos de moldura penal, um crime que lese o património de um indivíduo tem uma pena mais pesada (chega, salvo erro, aos 15 anos) que um crime de abuso sexual de menores.
Retratos do nosso país...

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terça-feira, maio 15, 2007

No reino das delícias e dos chocolates

E nada melhor que terminar um dia a lambuzarmo-nos com uns quadradinhos de chocolate.
Gulosa?! Eu??? Nao....
Com franqueza! Isso é lá coisa que se diga antes de jantar?

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segunda-feira, maio 14, 2007

Na ordem do dia

Parece que desaparecimento é a palavra de ordem nos últimos dias. Desaparecimento, buscas, incertezas.
Tudo parece andar à volta e tudo parece ir dar ao mesmo. Os jornais, as revistas e as televisões já não sabem mais o que inventar para continuar a dar mais e melhor informação.
Alhearmo-nos é tarefa inglória. Custa ver a dor da família. Custa ver os minutos, as horas e os dias a passar e sem nada se saber.
Eu já não sei mais o que pensar. Ouve-se tanta coisa. Diz-se tanta asneira. E no fim tudo desagua no mesmo. A Madeleine continua desaparecida. Ninguém sabe se está bem. Ninguém sabe nada.
E eu olho para a minha filha, que tem sensivelmente a idade dela, que brinca um pouco alheia ao que se passa (ainda que lhe tenha explicado, em linhas gerais, que a menina cujas fotografias se vêem por todo o lado desapareceu) e não consigo evitar pensar onde andará aquela pequenita que todos procuram. Onde e com quem...
Há dias escrevi do alto da minha fúria e da minha incredulidade que os pais tinham falhado na sua missão de proteger a filha. Continuo a dizê-lo. Falharam. Mas não será já castigo suficiente eles terem consciência disso? Quem sou eu afinal para criticar? Todos nós falhamos como pais. Todos nós sem excepção. Simplesmente uns têm oportunidade de se redimirem. De corrigirem as suas falhas. De fazerem mais e melhor. Outros não.
E, do fundo do coração, espero que este casal tenha essa oportunidade.

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terça-feira, maio 08, 2007

Consternação

Esta palavra não resume o que se vive no Algarve neste momento. Quem diz Algarve, diz Portugal e Inglaterra. E sabe-se lá mais onde.
Uma criança desapareceu. Três anos. Quase quatro. Uma criança. Não importa a idade, não importa quem, não importa onde. Uma criança. Igual a tantas outras. Todos diferentes todos iguais. Assim diz o slogan. Assim devemos acreditar. Assim devemos considerar.
Desapareceu de um quarto num complexo turístico supostamente seguro, enquanto dormia num quarto com os dois irmãos gémeos de dois anos.
Desapareceu sem deixar rasto. Toda a gente a procura. Toda a gente teme pela vida dela.
Os pais inconsoláveis. a gnr, a psp, os bombeiros, a polícia marítima, a população. Anda meio Algarve à procura. Qual agulha num palheiro.
Dão-se recompensas. Tecem-se críticas. Anda tudo numa roda viva...
Os pais são criticados por terem deixado a menina sozinha. Há quem se insurja contra estas criticas. Que o complexo deveria ser seguro. Que o Algarve é tido como um destino de férias familiar e seguro. Que a polícia não está a agir da melhor forma. Que os jornalistas ingleses não têm acesso à informação. E mil e uma outras coisas.
Mas há muitas questões que mereciam resposta, tais como:
1) porque é que os pais deixaram 3 (três!) crianças sozinhas num apartamento, à noite, enquanto saíam para jantar?
2) porque é que os pais, já tendo requisitado os serviços de baby-sitting durante o dia não o fizeram durante a noite?
3) porque é que toda a gente se preocupa em criticar a acção da polícia portuguesa, que tem sido incansável e tem tentado por todos os meios encontrar a menina?
4) porque é que se ouve dizer que os pais confiaram na segurança do país porque lá fora se tem Portugal como um país 'kids friendly'?
5) Porque carga de água é que uma das primeiras perguntas que se fizeram foi qual seria o impacto deste desaparecimento no turismo português? (Esta para mim é de arrepiar!)
Eu não duvido que os pais estão destroçados com o desaparecimento da pequena Madeleine, mas não consigo deixar de pensar que as primeiras pessoas que deveriam zelar pela segurança desta menina falharam. Redonda e inequivocamente. Falharam. Ponto final. E essas pessoas são os pais.
E, infelizmente, não consigo deixar de pensar que se fosse a minha filha a ter desaparecido, as buscas provavelmente já teriam cessado...

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