quinta-feira, março 31, 2005

...

É curioso como precisamos dos outros... curioso e revoltante! Estando sempre disposta a ajudar, cada vez mais me custa ouvir um não, quando era tão mais simples nem sequer ter depreendido que daí viria alguma ajuda.
A vida, às vezes, dá voltas inesperadas, e a cada momento somos surpreendidos com situações que nos ultrapassam. E nessas alturas temos a percepção do que significamos para alguém... ou do que não significamos. E é por isso que temos de nos cinjir àquilo que temos? Não! É por isso, sim, que temos de dar a volta à situação e fazer das tripas coração para dar um passinho de cada vez, devagarinho, para não cair, e alargar horizontes. Esses sim valem a pena! E aí o sorriso vai valer a pena, porque a conquista foi suada, mas independente.
Quem te disse que eu precisava de ti?!?!?

A bola de sabão

Sorria sempre para a vida. Sorria para a vida sem saber como a encarar. Mas sorria, sorria sempre. Os momentos eram para ela eternos e nada a fazia supor que um dia poderia ser diferente.
A distância chegou de mansinho, sem avisar e eis que ela se viu acima de tudo, sem compreender o que a rodeava e sem conseguir esquecer os instantes que a compunham. Sentia-se a voar, sinal do carácter forte que possuía, e enquanto voava pensava, pensava muito num amor pequenino que deixara para trás, lá em baixo.
Sentia-se envolvida num ambiente que não sabia definir, mas que sabia mantê-la afastada de tudo o que lhe era querido, de tudo o que fazia sentido, do seu amor.
Mantinha-se sempre mais além, na busca do que outrora fora o seu eu, em busca dos sorrisos que perdera, que agora os seus olhos já não espelhavam.
Nem mesmo o seu toque a satisfazia, nem o cantar das águas, o pôr-do-sol que, cada vez mais, lhe parecia diferente, por vezes até indiferente...
Só a lua a compreendia, fechada nas suas mágoas, em riscos de se afogar nas suas lágrimas, dentro daquela bola de sabão, que se revolvia com a sua luta, mas que voltava sempre à sua forma perfeita.
Num rasgo de luz continuava a gritar, procurando que ele a viesse libertar, mas ele não a ouvia, indiferente até ao seu olhar que lhe suplicava atenção. Ele virou costas rindo com os seus amigos, ao encontro de um sopro de alegria fabricada, induzido por uma força superior, pela sua mente.
Ela ficou sózinha na sua bola de sabão, tentando conter-se para não chorar, por ele não a ter vindo libertar...

Pssst não contes a ninguém... mas é para ti

Tenho uma amiga muito especial, que gostaria de guardar numa caixinha e não deixar mais ninguém ver, para não ter de compartilhar o seu sorriso, o seu humor, e já agora os cozinhados (que a propósito, há muito que não lhes sinto nem o cheiro!!)... essa minha amiga querida, está triste, porque a vida é assim e não há nada a fazer.
E se pensam que me vou pôr aqui a devassar a sua vida privada, tirem daí o sentido, porque vou guardar só para mim. Quem sabe se na tal caixinha? A tal que vou fechar com muito cuidado para a tristeza não fugir.
Não deixa de ser uma ideia brilhante! Guardo tudo só para mim e depois escrevo umas coisas tristinhas, que todos vão ler, mas só nós duas sabemos a profundidade da coisa, e um dia vamos rir. Rir de tantas coisas que se passaram (e que ainda se irão passar) mas que são só nossas. E quando chegarem a vós, já vão bem digeridas e lavadas com lágrimas bem carpidas, daquelas que ajudam a renovar a alma e que nos enchem o coração de esperança de um amanhã radioso, sem dor e sem pudor em amar e ser amado...
A minha caixinha fica aqui, fechada, à espera dos teus tormentos. Não é uma caixa de Pandora, mas quem precisa dela, quando se tem uma amiga como tu?
Um beijão e um abraço muito apertadinho, para quem sabe que existe no meu Mundo e, acima de tudo, no meu Coração.

Pranto

O sol começa a descer, como que um adeus
A uma vida que renasce todos os dias.
Sem a dúvida que permanece nos corações
Dilacerados e sem esperança;
Como o lírio que abana ao vento,
Soprando palavras sentidas de lágrimas
Correndo para alguém isolado...
A nuvem que ensombra um olhar,
De duas bocas que se tocam sem saber.
O sentir de uma noite sem razão
Que ficará enterrada nas areias do esquecimento...
Como um Verão que para trás ficou,
Sem o gesto, sem o sorriso,
Num pranto desgostoso que não tem fim...

quarta-feira, março 30, 2005

O sol começa a descer, como que um adeus
A uma vida que renasce todos os dias
Sem a dúvida que permanece nos corações
Dilacerados e sem esperança.
Como o lírio que abana ao vento
Soprando palavras sentidas de lágrimas
Correndo para alguém isolado...
A nuvem que ensombra um olhar,
De duas bocas que se tocam sem saber;
O sentir de uma noite sem razão
Que ficará enterrada nas areias do esquecimento
Como um Verão que para trás ficou
Sem o gesto, sem o sorriso
Num pranto desgostoso que não tem fim...

In sogni profondi

Acordei com os cabelos cheios de vento e os olhos cheios de estrelas. Não sei bem onde estive, mas sei que estive contigo, longe de todos os olhares e de todo o conhecimento.
Acordei e tu não estavas cá. Acordei sem a recordação de onde estive nem como fui aí parar, mas sei que estive contigo.
Acordei com a sensação que não queria acordar, que queria permanecer sempre naquela não-realidade, naquele desejo do teu beijo, no aconchego da tua mão.
acordei com os cabelos cheios de vento e os olhos cheios de estrelas; acordei sem saber onde estava, mas sabia que estava só. Não chamei, não gritei... toda a loucura tem os seus limites! Acordei e não estavas aqui... E por não saber onde estive, por me sentir tão só, sem ti, levantei-me, abri a janela e enchi os olhos de sol.

terça-feira, março 29, 2005

A pior das amantes

Vejo o vazio no teu olhar cansado
De viver, de me amar sem me ter
Sinto nuvens pairando sobre nós
Sem que a imaginação as consiga dissipar...
Sei que me sonhas ardentemente,
Quando fechas o teu olhar para o vazio.
Mas continuo a ver a cor dos teus olhos vidrados
Por uma amante que te arrastou com ela
Sem que a força do sentimento te conseguisse segurar
Cerra os punhos para ela!
Nega-lhe um sorriso, a compaixão...
Rega o nosso amor com lágrimas de alegria.
Se me amas liberta-te dessas correntes!
Vem, abraça-me, deixa-me sentir o teu fulgor,
Deixa-me estender-te a mão e agarra-a
Para dançares em busca da libertação,
Dessa vida que te consome de dia para dia,
Que te está a afastar de mim,
Que te leva para longe e não te deixa regressar...
Now the drugs don't work, they just make you worst

Sem Vida

O azul do seu olhar procurava no pôr do sol uma razão para a imensa tristeza que a invadia quando lembrava o passado. Naquelas horas que não morrem, descia à praia e procurava, naquela luminosidade particular, embalar a sua dor ritmada pelo suave marulhar. Aí sim, tentava descobrir a origem das suas lágrimas salgadas que choravam a eternidade de um olhar que se apagara sem um adeus.
Quando o vento soprava tentava cicatrizar feridas que não lhe permitiam viver de recordações. Chorara tantas noites na solidão, que agora nada mais lhe restava que a esperança de não deixar morrer o seu sorriso.
E, enquanto a areia lhe escorria por entre os dedos, tentava interpretar os murmúrios ansiosos que os sonhos lhe gritavam. Não se tratava, porém, de mais uma preversão, queria apenas aprender a escutar o que o seu amor lhe tentava transmitir através de dos contornos esfumados de um sonho, que se repetia noite após noite sem descanso...
A lua confirmava-lhe o que sentia, que não passava de mais uma alma solitária rodeada de tanats outras, lutando para alcançar o equilíbrio emocional, juntando um a um os cacos de um coração dilacerado por tão injusta perda.
Continua sentada numa qualquer praia, tentando aceitar que o amor é mais forte que o orgulho, esperando a sua alma gémea. E a lua está lá para a lembrar de todas as mortes prematuras.
[para o Fernando Couto(Peewee), Bruno Ricardo(Russo) e Carlos(Mx)]

O sorriso da Lua Posted by Hello

Guilty

Cubram os olhos!
Ele chegou e não gosta que o vejam destroçado
Não vale pensar que está triste
Sabemos que foi sua culpa,
Que dilacerou um jovem coração...
Vivia de amor e de esperança,
Não via mais que aquela paixão.
Queria palavras e tudo o que via eram sorrisos,
Algumas coisas não mudam
E não acreditamos serem verdadeiras.
Como é possível fazer regras de um sentimento?
Sentou-se e continua com aquela cara de vítima...
Não o deixemos sair impune!
Não o deixemos destroçar mais existências...
Ele que foi tão longe,
Que não teve compaixão...
Há coisas que não mudam
As mortes de coração.
Esquece-me!

segunda-feira, março 28, 2005

Untitled

Ontem vi-te com um adeus no olhar
Aquela garra negra que não perdoa
Que te leva os amigos
Que te faz sofrer

Por um momento de solidão
Na eternidade de um olhar que suplica
Que chama e chora em silêncio
Na noite quente de um gesto

Ontem vi-te e hoje já não estás cá
Ficou para trás um passado de luz
Um abraço, um beijo que ficou por dar
O apoio que quiseste requisitar


E restam apenas as trevas e a saudade
Que neste mundo cruel e frio
Deixaste ao abandono da solidão ficar...

(para todos os seropositivos)
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