quinta-feira, março 31, 2005

A bola de sabão

Sorria sempre para a vida. Sorria para a vida sem saber como a encarar. Mas sorria, sorria sempre. Os momentos eram para ela eternos e nada a fazia supor que um dia poderia ser diferente.
A distância chegou de mansinho, sem avisar e eis que ela se viu acima de tudo, sem compreender o que a rodeava e sem conseguir esquecer os instantes que a compunham. Sentia-se a voar, sinal do carácter forte que possuía, e enquanto voava pensava, pensava muito num amor pequenino que deixara para trás, lá em baixo.
Sentia-se envolvida num ambiente que não sabia definir, mas que sabia mantê-la afastada de tudo o que lhe era querido, de tudo o que fazia sentido, do seu amor.
Mantinha-se sempre mais além, na busca do que outrora fora o seu eu, em busca dos sorrisos que perdera, que agora os seus olhos já não espelhavam.
Nem mesmo o seu toque a satisfazia, nem o cantar das águas, o pôr-do-sol que, cada vez mais, lhe parecia diferente, por vezes até indiferente...
Só a lua a compreendia, fechada nas suas mágoas, em riscos de se afogar nas suas lágrimas, dentro daquela bola de sabão, que se revolvia com a sua luta, mas que voltava sempre à sua forma perfeita.
Num rasgo de luz continuava a gritar, procurando que ele a viesse libertar, mas ele não a ouvia, indiferente até ao seu olhar que lhe suplicava atenção. Ele virou costas rindo com os seus amigos, ao encontro de um sopro de alegria fabricada, induzido por uma força superior, pela sua mente.
Ela ficou sózinha na sua bola de sabão, tentando conter-se para não chorar, por ele não a ter vindo libertar...
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