Centros de Saúde e Hospitais

Cada vez mais uma pessoa que se dirija às urgências do SAP nos Centros de Saúde espera... e desespera! Na semana passada, dirigi-me a um SAP de um Centro de Saúde aqui da minha área de residência e, apesar de lá ter chegado pouco depois das oito, tive de esperar até às nove que um dos médicos de plantão se dignasse a aparecer. A minha filha estava cheia de febre, e outra solução não tivemos que a de ficar à espera do médico. Isto porque agora, há uma nova política nas urgências hospitalares. Casos que não sejam muito urgentes (quais, senhores???) devem dirigir-se primeiro ao SAP da área de residência e só depois, devidamente encaminhados pelo médico de plantão, se devem dirigir às urgências pediátricas.

Compreendo que tenha de se fazer um rastreio, para que os casos verdadeiramente urgentes tenham prioridade. Mas quem tem filhos, sabe que nem sempre temos discernimento para identificar a urgência do caso em questão.

O pior é quando no SAP nos diagnosticam que a criança poderá ter um princípio de infecção pulmonar e não a encaminham para o hospital a fim de fazer um raio x conclusivo. Claro que a criança, horas mais tarde, se dirige ao hospital, por iniciativa dos pais. E ao chegarem lá deparam-se com 40º de febre! Mais uma vez o diagnóstico é inconclusivo e, apesar de a mãe referir que a criança se queixa de dores de ouvidos, o exame é feito com pouca precisão.

Resultado: a criança é levada no dia seguinte para o hospital com uma otite monumental e 39,5º de febre. Vai logo para a banheira, com um ben-u-ron espetado no rabiosque, é observada e enviada ao otorrinolaringologista de plantão, que lhe diagnostica uma otite e lhe muda a medicação, com especial ênfase no antibiótico.

E assim se está doente neste país à beira mar plantado...