Conseguem vê-la?

Perdida em pensamentos e divagações, espera um sinal, uma súplica, uma certeza... Espera afastar a dor, o odor de dias tristes, tristezas inconfessáveis, quem sabe o amor.
Há dias assim, de luta permanente, de batalha interior. Há dias em que parece que nada sorri, que tudo se acabrunha e a vontade é de fugir. Ir mais além, no rasto de uma canção, no embalo da recordação de um sorriso, de um gesto fugaz.
Há dias em que procura não pensar, que tenta abstrair-se, mas tudo é mar e revolução, tudo lhe traz dor ao coração.
Está ali... conseguem vê-la?
Olhem melhor, com o coração...