terça-feira, abril 12, 2005

O drama terminou...

Terri Schiavo
Não sou propriamente uma especialista no assunto, mas esta história choca-me. Choca-me uma pessoa 'viver' 15 anos num estado vegetativo, com apoio de todos e depois, ao fim de todos estes anos ser deixada à sua sorte para morrer de fome e sede.
Será mesmo um acto de amor? Deixá-la ir... ou tentar prendê-la a uma vida que já não é a dela. Acho que nunca saberei isso, a menos que passe por uma situação semelhante; e mesmo assim não saberia o que fazer.
Temos sempre a tendência de querer os que amamos bem perto de nós. Mas será isso amor? Não será egoísmo?!
Este caso chocou a opinião pública, de um lado o marido com a convicção de que Terri não quereria viver artificialmente; do outro, a família, a mãe, que não conseguiam conceber a ideia de perder Terri, mais a mais assim. Eu como mãe compreendo Mary. Os filhos são para nós o bem mais precioso e por eles fazemos tudo... daria até a vida. Mas aqui nem isso salvaria Terri...
Terá sido a decisão acertada? Será o Supremo Tribunal o órgão mais indicado para tomar uma decisão?
E tudo o que resta é o vazio...

1 Comments:

Blogger Just Me :) said...

Acho realmente que isto nos tocou a todos, consciente ou insconcientemente pensamos - nem que por uma milésima de segundo - no que é a vida.
Por um lado rejeito o argumento religioso - não teria Deus (ou correspondente) já levado para junto a alma de Terry senão fosse a intervenção médica? Isto leva-nos a outra questão: depois de 15 anos num estado vegetativo, a pessoa ainda tem a sua alma, ou transformou-se simplesmente num "vegetal de carne e osso"?
Lembro-me de, há muitos anos atrás, ter ouvido no noticiário sobre um acidente que sofreu uma atleta de ski de alta competição. Ela não sobreviveu e as palavras da mãe foram algo como "Eu estou feliz que ela tenha morrido; se ela tivesse sobrevivido estaria agora tetraplégica e não poderia fazer aquilo que ela mais amava neste mundo: desporto, principalmente o ski. Isso a levaria a viver em sofrimento." Até que ponto podemos "obrigar" (ou não)alguém a viver numa condição forçada como essa?
Por fim, uma pequena pergunta, novamente sobre a Terry: não seria preferivel ter posto termo à vida dela artificialmente, desligando as máquinas, em vez que a deixar à fome uma semana? Qual das alternativas é mais cruel?

PS - Peço desculpa pelo comprimento do "testamento" em que este comentário se transformou :$

quarta abr. 13, 10:29:00 da tarde  

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