Manager... Nao era nada mal pensado! Mas por enquanto dou apenas os primeiros passinhos, ajudando uma verdadeira. Nao deixa de ser engracado e dá assim um ar importanteco.
Porém este título deve-se tao só ao facto de ter feito um desses contactos enquanto pensava na verdadeira razao que me traz aqui.
E antes que venha tudo de rolo da massa em punho e palavras acutilantes na ponta dos dedos, esclareco desde já que as minhas teorias educativas sao minhas e o facto de de vez em quando as transcrever para o blog ou numa qualquer caixa de comentários, nao significa que pretenda passá-las ao próximo. Servem para mim e para os meus. E as vezes nem isso. Porque muitas vezes passar da teoria a prática tem muito que se lhe diga...
Pois bem, tenho aquela teoria da sopa.
A miúda nao comia sopa em casa. Sopa nenhuma! Nem com este ou aquele ingrediente, nem sem este ou aquele ingrediente. Nem nada. Sopa nao era com ela.
Nao era. Digo bem.
Desde que iniciou as suas lides na escola. Já depois dos dois anos (quer por casmurrice da mae que queria ve-la desabrochar no primeiro ano, quer devido a empregabilidade neste país - que é uma anedota! nao mencionando as vagas inexistentes nos infantários...), a Lua conseguiu uma vaga numa escola vip aqui da zona (a desenvolver num próximo post). E eis se nao quando a dona Lua comeca a comer de tudo. Fosse por imitacao fosse por que motivo fosse. Sopinha incluída. Do género de rapar o fundo da tijela com a colher.
Hoje e duas escolas depois a Luana come sopa na escola e em casa. Ok. Em casa nem sempre, tenho de o admitir. Porque sou apologista de que se a crianca ja come sopa na escola, nao tem obrigatoriamente de o fazer novamente em casa.
E é esta teoria que passo a quem, por vezes, me pede conselhos acerca de como dar a sopa a crianca. Primeira pergunta que faco é: 'Anda na escola?' Segunda: 'Come a sopa na escola?' Resposta em caso afirmativo: 'Entao para que é esse stress?'
Volto a reiterar que esta é uma teoria minha, de aplicacao caseira. Nao é uma directiva e muito menos serve para atacar seja quem for.
A minha filha é uma crianca saudável, bem desenvolvida, alta, espertalhufa. E nao comia sopa.
A minha segunda teoria prende-se com as asneiras, os palavroes.
É horrível ver uma crianca a dizer um palavrao. Detesto. Em inversa proporcao com a idade. Quanto mais novinha é a crianca, menos eu gosto de ouvir.
Mas desenganem-se. Nao sou pessoa de nao dizer palavroes. Digo. Especialmente se estiver chateada com alguma coisa. E aí digo muitos. E que me conhece bem sabe que é assim.
Epah, mas aquela coisa de nao poder dizer palavroes em frente a minha filha (para ela nao aprender) nao era (nem é) muito do meu feitio. E porque? Porque nao gostaria NUNCA que a minha filha fosse para a escola sem os conhecer. Chamem-me destravada, chamem-me freak, chamem-me o que quiserem. Mas a minha filha chegar a escola primária e ouvir merda, aprender e repetir, levar uma descompustura da professora e nao saber porque é que nao! Muito menos quero ter uma filha 'nhónhó' que nao sabe o que se passa nem do que estao a falar.
A minha filha ouve palavroes. Ouve na rua, ouve no café, ouve até em casa...
Mas nao os diz. E nao diz porque? Nao porque nao os sabe, mas sim porque sabe que nao deve dize-los. Porque eu e o pai a ensinámos que aquelas palavras sao feias e nao se devem dizer.
E ela, quando ouve um palavrao, é a primeira a dizer: 'Isso nao diz!'.
Estou certa? Estou errada? Nao sei! Vejo as coisas assim.
Tenho teorias manhosas? Talvez. Mas a minha filha nao anda para aí a dizer aos quatro ventos puta, merda, foda-se ou caralho. Porque sabe que nao o deve fazer. Porque assim a ensinámos e continuamos a ensinar.
Nao sou nem melhor ou pior que as outras pessoas. Posso ser apenas um bocadinho diferente. Ou talvez nao! Aposto que há por aí mais maes que partilham da minha opiniao.
Podem dizer de vossa justica. Se acham bem, se acham mal.
Será pedagógico? Nao será? Nao sei.
Mas para quem já foi apelidada há uns anos (junto com tantos outros) de geracao rasca, para mim tanto faz!